quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

naquele instante

percebi naquele instante que nao valeria a pena ...o que eu poderia dizer se achava-te tao surdo,ignorante, desinteressado,ou alguma coisa assim,naquele instante percebi que em instantes de perderia,que darias-me as costas como se eu fosse nada mais que o passado,mas ate o passado merece um olhar,olharas para tras daqui a instantes  para ver atraves do meu exterior,como o meu interior sofre?deu-me vontade de arrancar teu coracao antes disso,o meu  te dei,e nao sei por onde anda,o teu sonho ainda em arrancar...
naquele instante nao falei tudo o que tinha para falar,nao so pelo o facto de achar que nao me entenderias,nao tinhas palavras para descrever aquela dor,e mesmo que falasse,e tentasses entender.eras livre de interpretar como bem entendesses,e mesmo assim sentirias a dor que eu carregava?nao.e ate mesmo que sentisses,vi-te sempre mais forte que eu,essa dor em ti forte seria suportavel,em mim fragil,insuportavel.
de que valia dizer alguma coisa fazer-te entender ou sentir...
o meu semblante era digno de pena,provalvelmente foi isso que sentiste por mim,mais isso eu nao queria,indiferencia entao...
vi naquele instante que fomos muito um para o outro e muito um do outro para sentires indiferencia,olhaste-me com pena,mas vi que nao valeria teres pena de mim e eu ter tantas de mim que dava para fazer asas e voar...

embriagadamente sobrio

olhou-a.quis imediatamente conhecer-lhe,nao so o fez como de seguida tornou-se um perito a tudo que dizia respeito a ela.embriagou-se totalmente dela,o que obviamente fazia-o menos lucido para a conhecer qualitativamente  e nao quantitativamente como ele a conhecia.ele a conhecia num todo,numa diluicao que tomou conta dele,nao era perito nela na versao concentrada,condensada.
eventualmente a embriaguez passou,veio a sensacao incomoda da ressaca,quanto mais ficava sobrio,mas se arrependia de cada gole que dera dela.
emfim sobrio...sem miopia,agora via-a de perto,repleta de imperfeicoes.sensacao pos extase,vazio.
ela nao passava de uma mulher,mulher como todas as outras...fingir que ela era tudo aquilo que ela nao e,tudo aquilo que ele pensou que ela fosse?mas se ela realmente existe de verdade?quer dizer,se ela e realmente tudo aquilo que ela era na mente dele?talvez ele descubra que a miragem no deserto de ilusoes e verdadeiramente 1 oasis,pronto para lhe dar uma sombra para se esconder da escuridao luminosa que e sua mente e  pronto tambem para matar sua sede de alma e de carne...

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

hipocondria sentimental


sinto  que padeco de  outras doencas  alem do amor,ele nao e a unica coisa que eu sinto.ha uma bagagem cada vez maior de outros sentimentos,acredito que fui infectada por outras coisas:saudade apesar de estares sempre por perto,ciumes apesar de ter teus olhos abertos so para mim,inseguranca porque este porto e muito seguro para eu sentir-me segura.
mas nao para por ai...esta hipocondria sentimental existe tambem porque quero que cuides de mim como um pai a um filho que padece.mas nao e devaneio meu,tenho a certeza dessas outras doencas,nao e so amor,por favor cuida de mim,ou morrerei por negligencia tua.
por outro lado essas outras doencas  me fazem bem,o ciume,a inseguranca como todas as outras pois ajudam-me a  ver-te como ser que despertou interresse em mim e que pode despertar em qualquer outra pessoa,a hipocondria sentimental faz-me bem,pois por ela nao me acho vencedora,porque tenho medo de acordar vencida,alem do mais ja me habituei a ela,ela ate poe um pouco de incertezas,algo que preciso para alimentar a inconctancia que deve ser constante dentro de mim.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

carpe diem

 
foi quando tivemos dinheiro,e ele me fez-me bonito o suficiente para namorar com ela,foi quando nos mudamos para aquela casa grande,que cada um comecou a viver no seu espaco,no seu quarto,foi quando compramos aquela TV enorme LCD,que paramos de conversar para ouvir historias mais elaboradas trazidas pelos canais a cabo,nao a volta da fogueira,contada pela a avo, mas  na sala contada pela novela.foi quando comprei o ipod que dexei de ouvir os problemas dos meus amigos para ouvir as musicas que estao no top da billboard,foi quando achamos que era melhor cada um ficar no seu espaco e conversar por MSN,e so estarmos juntos quando o proposito e tirar fotos dignas de receber o retoque do fotoshop pra estarem no facebook,que percebi que o melhor e agradecer cada momento por mais que seja bom ou mau,porque o que e mau hoje pode ser bom amanha.enfim,eu e os meus amigos deixamos de estar lado a lado para seguirmo-nos no twitter...
foi quando tudo melhorou que senti falta daquella casinha,de assistir televisao em casa do vizinho...sinto falta dos tempos que tiravamos fotos com o maior cuidado porque nao tinhamos dinheiro para comprar outro rolo e depois punhamos em porta-retratos nao em perfis de redes sociais...saudades do tempo que olhava para elas e achava-as inacessiveis.vivi muito tempo  a desejar o melhor,agora o tenho e sonho em voltar atras,nao vivo o presente mas sim o preterito.nao vivia o presente mas sim o futuro,nao sei o que e colher o dia e viver o momento,nao sei o que e carpe diem,mas quero descobrir.

mar


 
olhando a imensidao do mar
imaginando o infinito do universo
lembro-me do teu olhar
o tal que venero e peco.


aqui onde estou sentada
vejo que me resumi a nada
porque eu era tudo para ti
consegues sentir este mundo sem mim?


temporal que em mim sinto
onda avassaladora para quem vivo
amam-me outra vez,seja meu abrigo.


diante deste mar jurar que esquecerei?
isso eu nao sei
pois te amo mais do que te amei.

ignorancia

 
saber e o fruto proibido sao a mesma coisa,nao quero mas saber.foi por todas essas perguntas filosificas :quem eu sou,de onde vim.para onde vou,o que faco aqui,etc,que tudo ficou mais claro e por isso menos belo.
dos austrolopitecos aos homo sapiens sapiens(que sabem,sabem e nao sabem nada).porque aprender sobre a homonizacao,nao bastava a historia de dos 7 dias, adao e eva,fruto proibido?essa continua a ser a real historia para mim...
nao quero mais saber,saber mata a ignorancia,e ela nos faz igenuos,e inexperientes.
soube o que e a amizade e vi que por tras dela muita vezes existe interresse e julgamentos e nao quis ser amiga tao facil,soube o que e o amor e consequentemente coracao partido e nao quis mais amar,soube o que e sonhar e ver impossibilidades que poem esses sonhos distantes e possibilidades que os tornam mais proximos e reais e eventualmente em pesadelos e nao quis mais sonhar,soube que ter uma vida sedentaria nao e bom,que meus textos, cronicas,poemas nao sao bons,que meu estilo de vestir nao se adequa ao meu corpo,nem a moda,e essas coisas que eram banais acabaram por nao ser.nao quero mais saber,um brinde a ignorancia,e dispenso o fruto proibido,porque em vez de tornar tudo mais real,torna tudo e mais alguma coisa em um pesadelo sonambulo.um brinde a ignorancia,e obrigado mas dispenso o fruto.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

o cupido

 
viu-o la em cima,arco e flecha na mao,pronto para me ferir,era o tal do cupido,disse que era anjo tambem mas tenho as minhas duvidas...porque era cheio de falinhas mansas,tentou me convencer que ferir-me no coracao seria bom!disse que nao estaria ferida sozinha,teria companhia de alguem ferido no mesmo lugar,mas,e se a tal pessoa desviasse da flecha?eu ficaria ferida sozinha?e se ficarmos feridos ao mesmo tempo mas o meu corte ser mas profundo?e consequentemente mas duradouro,ou talvez eterno...continuo com aquele papo de que ferrir-me no coracao seria bom,mas preferi recusar,ate vejo muitas publicidades no intervalo da novela.,as nao compro tudo que me interressa,entao nao comprei a ideia dele...
mas mesmo assim ele tentou me magoar-me no peito,e quando ele estava pronto para lancar-me a flecha desviei-me,espero sinceramente que a outra pessoa tenha feito o mesmo,porque ficar ferido e ainda mas sozinho...isso significaria um amor nao correrespondido!

domingo, 5 de dezembro de 2010

little things


 
today i didnt look to the sky
or felt the wind blowing in my face,
didnt see trough the lie 
of this beautiful place.


so good
not counting hours
feel the sun
touch sunflowers,be good son
and not say mine but ours.


now this sunset
is making me feel like a poet
let me sing to my lil one
a lullaby
and say goodbye
not bye.

sábado, 4 de dezembro de 2010

anulacao do antes

ja tinha sido muito magoada .sobretudo pelos que mas amou.tinha imensas cicatrizes do passado,que ela preferia olhar como tatuagens.possuia lembrancas  vivas ,mas ela nao sabia o que fazer com elas,nao sabia como as usar em seu beneficio,entao raramente ousava lembrar.
vivia ingenuamente,como quem acabava de descobrir o mundo.anulava a experiencia que tinha pois nao sabia o que fazer com elas:usa-la para seguir os caminhos com cuidado?olhar  para baixo para ver se pisa em terra firme?se nao ha uma pedra em frente?desviar dos montes?ou talvez  usar a experiencia para nao ter mais duvidas?viver sem interrogacoes por ja ter vivenciado de tudo para ter a certeza que o mundo nao deveria ser subgerenciado pelos homens...ou o melhor seria  talvez usar as experiencias como moral da historia vendo sempre o lado positivo...
ela ano ousava escolher entre essas opcoes ,o passado  as lembrancas eram um quarto escuro,empoeirado,cheios de teias de aranhas,que tresandava a recordacoes que por nao serem tao boas ficavam em caixas de sapato e nao em porta-retratos e estantes.
sorria porque preferiu fingir que nunca teve um antes em sua vida.bricava de doente de alzheimer,e tinha a ignorancia como a sua melhor amiga.fechava os olhos e sorria.

perdoar e esquecer

as pessoas nao mudam.sao eternamente elas mesmas.em vez disso adaptam-se,criam mecanismos para melhor esconderem seus defeitos,ou para fazer mostrar melhor suas virtudes.
nao somos pequenos cisnes que veem na agua um reflexo parecido com a de um patinho feio,somos um bando de patinhos feios,camuflamo-nos como um camaleao para melhor sermos aceites,nao passamos por metamorfoses para sermos borboletas, somos eternos lagartos,constantes na sua essencia.
por isso digo-te que nao melhoraste genuinamente,apenas aprendeste a esconder as tuas falhas de forma sabia,e a fazer notar tuas qualidades.
nao quero dizer com isso que nao te perdoo.sigo a lei perdoar e esquecer,e e isso que faco agora,perdoo-te e esqueco-te.e espero que esquecas que nao me perdoas,e perdoes o facto de eu esquecer-te.


                                                        Gisela.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

a chuva

A chuva significava
que a cidade chorava comigo.
comigo ela sentia a magoa,o castigo.
ela estava no mesmo estado de alma que eu,
eu chorava por algo que nao era meu,
teu amor.
ela chorava por todo desamor
que via,mas ninguem reparava na sua dor


sair para rua
ja nem, sentir os pingos
sentir-me envergonhada
como se estivesse nua
a frente de inimigos


a chuva significava 
que a cidade chorava comigo,
mas a cidade sorria,sol
ria-se de mim
deste meu patetico comeco de fim.


sem poder mais contar meus lamentos
vendo o ceu limpo,
ignorando meus desalentos.
a agua tao limpida e eu tao suja.
gritando silenciosamente para os 4 ventos.

ligar o chuveiro
permanecer ali o dia inteiro
isso seria a minha chuva.
desligar a luz,
isso seria o cinzento carregado das nuvens.

         Gisela

Dark

sun kissed skin
so much melanin 
color of the sin.
curly frizzy hair,
smells like tangerine
and lingers in the air.


your skin the embrace of fire
that has the ebony curves,
they are my everyday desire.


your dark body is voluptuous
and the exotic beauty obvious.
the dark of your eyes
illuminates my day.
the truth becomes lies 
if beautiful things about you i say.


                          Gisela.

Dark